Psiquiatra revela o sintoma que muitos confundem com preguiça e que pode indicar depressão


No campo da saúde mental, existem sinais que vão além da tristeza óbvia e que muitas vezes passam despercebidos tanto pelos pacientes quanto por seus entes queridos. A psiquiatra Leyla Morillo lançou um alerta em suas redes sociais sobre uma condição específica que é frequentemente mal interpretada por quem sofre dela, sendo muitas vezes confundida com estados de fadiga ou falta de força de vontade.

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Segundo a especialista, existe um sinal clínico que as pessoas ignoram. Esse indicador não se trata simplesmente de ter um dia ruim, mas sim de uma mudança profunda na capacidade de sentir prazer.

— Esse sintoma pode indicar que a pessoa está deprimida. É uma situação que observo o tempo todo em suas consultas e que pode facilmente passar despercebida — destaca Morillo.

O termo médico para essa condição é anedonia. O médico define que ela é a perda de interesse ou prazer em coisas que costumávamos gostar de fazer. O risco desse sintoma reside na sua capacidade de se camuflar na rotina diária, levando os afetados a normalizar sua condição sob explicações errôneas.

A este respeito, Morillo esclarece um equívoco comum:

— As pessoas pensam que estão simplesmente preguiçosas ou mais cansadas do que o normal, quando na realidade podem estar enfrentando o início de um episódio depressivo — aponta.

Para identificar a anedonia, é necessário observar mudanças nas atividades diárias que antes geravam satisfação.

— Se antes, por exemplo, você adorava ir à academia e de repente está desmotivado e não quer mais ir, ou se atividades simples como caminhadas no parque deixam de ser prazerosas, é hora de prestar atenção. Abra os olhos. Este pode ser o primeiro sintoma de que você está ficando deprimido — orienta.

A chave para diferenciar um desânimo passageiro de uma condição clínica reside na duração do estado de apatia.

A recomendação médica é clara quanto à persistência dessa falta de prazer.

— Se ela persistir e durar mais de duas semanas, recomendo que consulte um médico — conclui Morillo, alertando as pessoas para que não subestimem esses sinais de alerta precoce e busquem ajuda profissional caso identifiquem esse padrão de comportamento.

 

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