Queiroga diz que estados enfrentam dificuldade com 2ª dose da Coronavac


Segundo o ministro, a liberação de todas as doses para a primeira fase de aplicação do imunizante acabou provocando a falta da vacina para a segunda dose

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, falou na manhã desta segunda-feira (26) na Comissão da Covid-19 no Senado. Segundo ele, alguns estados têm enfrentado dificuldade na aplicação da segunda dose da vacina Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan.

Segundo o ministro, a liberação de todas as doses para a primeira fase de aplicação do imunizante do Butantan acabou provocando a falta da vacina para a segunda dose em alguns estados.

“Outra questão que tem nos causado preocupação é a segunda dose da Coronavac. Há um mês atrás se liberou pra que todas as doses fossem aplicadas em agora, em face do retardo do insumo da China há uma dificuldade com a segunda dose”, disse.

Segundo o ministro, na cidade de João Pessoa, na Paraíba, houve a judicialização para aplicação da segunda dose da Coronavac. “O que resolve isso são políticas públicas efetivas, o que temos tentado colocar em prática aqui no Ministério”, afirmou.

Doses aplicadas e doses distribuídas

A diferença entre o número de doses distribuídas e aplicadas tem gerado “muita polêmica”, destacou Queiroga. Neste sábado(24), a pasta atualizou o cronograma de recebimento de vacinas – com 22,5% doses a menos.

“No vacinômetro, nós podemos ver que foram 57 milhoes de doses distribuídas e cerca de 37 milhões aplicadas. Tem uma diferença de 20 milhões. Isso gera confusão. ‘Aonde estão as doses?’. Algumas doses são segunda dose, que estão guardadas, outras não chegaram aos municípios, estão em distribuição”, explicou o ministro.

“Essa disparidade tem gerado muita polêmica e tudo que não precisamos nesse momento é polêmica.”

Segundo a pasta, no entanto, o Brasil tem vacinado mais de 1 milhão de brasileiros nos últimos dias. “Em vários dias nós superamos a marca de 1 milhão de brasileiros vacinados em um dia. Isso mostra a capacidade que tem o nosso PNI. Isso mostra que tem funcionado. As variações que tem são em relação ao calendário anterior divulgado pelo ministério”, afirmou Queiroga.

Para o ministro, a variação entre doses aplicadas e distribuídas se dá “sobretudo em função de vacinas que estavam previstas, como 20 milhões de doses da Covaxin, que não foram autorizadas pela Anvisa ou de vacinas entregues pela Fiocruz e Butantan numa quantidade menor em função da demora do IFA”.

O ministro falou durante audiência pública da Comissão Temporária da Covid-19, que debateu questões voltadas ao Programa Nacional de Imunização (PNI), como o cumprimento dos prazos previstos para a vacinação no país, além de discutir sobre medidas de combate à pandemia.

Queiroga voltou a falar da importância do uso de máscaras e de medidas “não farmacológicas” de combate à Covid-19. “Desde que assumi o cargo tenho reiterado a importância das medidas não farmacológicas como o uso de máscaras, distanciamento social. Sabemos que o uso de máscaras tem um efeito de quase a vacinação da população e, por isso, fazemos esse apelo.”

A comissão temporária acompanha as questões de saúde pública relacionadas ao coronavírus e foi criada em fevereiro. Nesta terça-feira (27) está prevista a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. Queiroga deve ser chamado para depor nesta CPI.

CNN BRASIL

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