Restrição noturna ajuda, mas sozinha não resolve, diz pesquisador da Fiocruz


Daniel Villela, coordenador do Observatório da Covid-19 da Fiocruz, participou de levantamento que identificou que o Brasil vive o pior momento da pandemia

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou relatório nesta sexta-feira (26) avaliando que o Brasil vive neste momento, final de fevereiro de 2021, o pior cenário da pandemia da Covid-19 desde a confirmação do primeiro caso em solo nacional, há exatamente um ano.

Coordenador do Observatório da Covid-19 da fundação, Daniel Vilela afirma que as medidas de restrição noturna da circulação ajudam o combate ao novo coronavírus, mas sozinhas não são suficientes para conter a disseminação da doença.remédio

“Colocar restrições para atividades noturnas ajuda de certa forma, mas não pode ser considerada uma ação efetiva se não vier em um conjunto com outras ações” avalia Vilela, que participou da redação do relatório, em entrevista à CNN.

Para o pesquisador da Fiocruz, a prioridade neste momento é articular ações que evitem aglomerações. Ele ainda criticou a avaliação de que o país vive um “novo normal”, alertando para o número de mortes registrado diariamente no país.

“Chegamos neste triste momento onde temos uma média de mil mortes diárias pela Covid-19 e isso não pode ser encarado como novo normal. Se fazem necessárias ações coordenadas para evitar aglomerações” disse Villela.

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