Buscar dormir e acordar sempre no mesmo horário, praticar atividades físicas e evitar o uso excessivo de telas antes de dormir são algumas dicas para um sono reparador
Conforme o mês de janeiro avança, as férias vão terminando e a população volta ao trabalho e estudos. Essa transição pode impactar diversos aspectos da rotina, em especial a qualidade do sono, devido à maior flexibilização dos horários durante os meses de folga. É comum, portanto, que a insônia dê as caras nesse período. Acontece que se não forem tomados os cuidados necessários para evitá-la, a qualidade de vida pode ser significativamente prejudicada.
A insônia é a dificuldade para iniciar ou manter o sono e também se manifesta quando o indivíduo acorda muito antes do horário desejado. Essa condição leva ao cansaço, sensação de sono não restaurador, dificuldade de concentração e memória, irritabilidade, sonolência diurna, riscos maiores de acidentes e, em casos extremos, risco de doenças cardiovasculares. Segundo dados da Associação Brasileira do Sono, 65% das pessoas do país apresentam dificuldades para dormir e 64% utilizam aparelhos eletrônicos antes do descanso, o que é prejudicial.
O tempo necessário para um sono reparador varia de uma pessoa para outra. A maioria, porém, precisa dormir de sete a oito horas por noite para acordar bem-disposta. Pesquisas recentes sugerem que aqueles que consideram suficientes quatro ou cinco horas de sono, na realidade, necessitariam dormir mais.
“No período de férias, é comum a flexibilização dos horários para dormir e acordar, o que dificulta, para alguns, o ajuste desses momentos com o retorno do horário do trabalho ou das atividades escolares. Quando a dificuldade para dormir se torna frequente, é importante buscar ajuda médica”, explica Cíntia Rosa, especialista em Medicina do Sono e Otorrinolaringologia do Hospital IPO.
Para conseguir um sono de melhor qualidade e evitar problemas de saúde, a médica sugere a adoção de alguns hábitos: