O primeiro transplante de coração deste ano foi realizado nesta quinta-feira (19), fruto da parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por meio da Central de Transplantes do RN, que capta os órgãos e organiza as ações, e o Hospital Rio Grande, única unidade credenciada pelo Ministério da Saúde para fazer esse procedimento no estado.
O coração foi captado na manhã desta quinta-feira no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), em Mossoró. A equipe da unidade também captou rins, fígados e córneas, graças a duas doações. Quatro pessoas do RN, que necessitavam de hemodiálise irão receber os rins e poderão ter mais qualidade de vida. Outras quatro pessoas do estado irão receber as córneas, voltando a enxergar. Já os fígados serão destinados a Brasília e Pernambuco, transportados com a devida segurança por parte da Força Aérea Brasileira (FAB).
“Quero agradecer às famílias que autorizaram as doações, bem como a toda a equipe da UTI do HRTM, que vestiu a camisa da doação e faz esse bonito trabalho. É muito importante o papel da família, que transforma esse momento de dor em um gesto de amor fraterno. No RN cerca de 1.300 pessoas aguardam algum tipo de transplante de órgão, o que só é possível a partir da solidariedade das famílias que autorizam a doação”, afirmou Rogéria Medeiros, coordenadora da Central de Transplante da Sesap.
No Rio Grande do Norte, existem dois pacientes em lista de espera por coração, 541 para córneas, 309 para rins e 20 para medula óssea.
Homem que recebeu o coração tinha 44 anos
O primeiro transplante de coração de 2023 no Rio Grande do Norte foi realizado com sucesso na tarde desta quinta-feira (19). O transplante foi realizado em Natal pela equipe do Hospital Rio Grande, única credenciada para a realização de transplantes cardíacos no Rio Grande do Norte. O paciente que recebeu o coração foi um homem de 44 anos, com miocardiopatia, doença grave no músculo do coração que compromete bastante a qualidade de vida.
“Era um paciente que tinha uma qualidade de vida muito ruim e que estava em fase final de vida em decorrência da doença do seu coração”, disse o Dr. Marcelo Cascudo, cirurgião cardíaco da equipe que realizou o transplante.
O doador do órgão foi um jovem de 24 anos, de Mossoró, que teve morte encefálica por ferimento de arma de fogo. A família decidiu por doar os órgãos dele, e o coração serviu para salvar a vida do paciente em Natal.
Depois do transplante, o paciente vai para UTI para passar pela fase de recuperação, com cuidados comuns a esse tipo de cirurgia. A previsão é que ele passe cerca de 15 dias no hospital em acompanhamento para ver como o novo coração vai funcionar no seu organismo.