Saúde óssea feminina exige atenção redobrada para evitar dores e lesões


Alterações hormonais e fatores de estilo de vida aumentam o risco de osteoporose e problemas articulares

As mulheres enfrentam desafios específicos quando o assunto é saúde óssea. Com a redução dos níveis de estrogênio após a menopausa, a densidade mineral óssea diminui significativamente, elevando o risco de osteoporose e dores articulares. Segundo o Dr. Brasil Sales, especialista em ortopedia e medicina regenerativa, a combinação entre predisposição biológica e fatores como sedentarismo e alimentação inadequada pode acelerar esse processo, tornando essencial a adoção de medidas preventivas.

“A perda de massa óssea ocorre de forma progressiva ao longo dos anos, mas se intensifica após os 50 anos. A osteoporose, por exemplo, afeta uma em cada três mulheres acima dessa faixa etária e aumenta a suscetibilidade a fraturas, especialmente no quadril, punhos e coluna”, explica o médico.

Hormônios e estilo de vida impactam diretamente a saúde óssea

A influência dos hormônios na saúde óssea é um fator determinante. Durante a menopausa, há uma queda acentuada do estrogênio, hormônio essencial para a manutenção da densidade óssea. “Sem esse efeito protetor, os ossos tornam-se mais frágeis e porosos, o que aumenta as chances de fraturas e dores articulares crônicas”, destaca Sales.

Além disso, hábitos como falta de atividade física e alimentação pobre em cálcio e vitamina D podem acelerar essa perda. “A prática regular de exercícios de impacto moderado, como caminhada e musculação, é fundamental para estimular a remodelação óssea e manter a força muscular, reduzindo o risco de quedas e lesões”, orienta o especialista.

Atividades físicas que fortalecem ossos e articulações

A prática regular de exercícios é um dos pilares na prevenção da osteoporose e do desgaste articular. O impacto moderado gerado pelos movimentos estimula a produção de massa óssea e fortalece músculos, reduzindo o risco de quedas e fraturas. Algumas das melhores opções citadas pelo especialista são:

  • Musculação – O treinamento de resistência estimula o fortalecimento ósseo e melhora a densidade mineral. Exercícios como agachamentos e levantamento de peso são recomendados.
  • Pilates e ioga – Ajudam no fortalecimento muscular, equilíbrio e flexibilidade, reduzindo o impacto sobre articulações e prevenindo quedas.
  • Caminhada e corrida leve – Atividades aeróbicas de baixo impacto são eficazes para fortalecer ossos sem sobrecarregar as articulações.
  • Dança – Movimentos variados promovem resistência óssea e coordenação motora.
  • Hidroginástica – Excelente para quem já apresenta dores articulares, pois fortalece os músculos sem gerar impacto excessivo nas articulações.

“O ideal é combinar exercícios de força, equilíbrio e impacto moderado para obter benefícios completos. Além disso, o acompanhamento de um profissional é fundamental para evitar sobrecarga nas articulações e garantir a prática segura”, destaca Sales.

Alimentação para fortalecer ossos e articulações

A dieta desempenha um papel fudamental na manutenção da saúde óssea. Algumas substituições no dia a dia podem trazer grandes benefícios:

  • Aumentar o consumo de alimentos ricos em cálcio: leite e derivados (queijo, iogurte), vegetais de folhas escuras (couve, espinafre, brócolis), amêndoas, gergelim e peixes como sardinha e salmão.
  • Evitar alimentos que prejudicam a absorção de cálcio: refrigerantes e bebidas ricas em cafeína, que podem levar à perda de cálcio pelos rins, além de alimentos ultraprocessados, ricos em sódio, que podem interferir na absorção de minerais essenciais para os ossos.
  • Priorizar alimentos anti-inflamatórios para proteger as articulações: frutas cítricas como laranja e limão, ricas em vitamina C essencial para a produção de colágeno, além de abacate, azeite de oliva e oleaginosas, fontes de gorduras saudáveis que reduzem processos inflamatórios. Gengibre e cúrcuma também possuem propriedades anti-inflamatórias naturais.

Para mulheres que já apresentam sinais de desgaste ósseo ou articular, a medicina oferece abordagens que vão além dos analgésicos tradicionais. A viscossuplementação, por exemplo, tem sido uma alternativa eficaz para casos de artrose, ajudando na lubrificação das articulações e no alívio das dores. “Esse tratamento consiste na aplicação intra-articular de ácido hialurônico, uma substância que melhora a mobilidade e reduz o impacto sobre as articulações”, explica o ortopedista.

Outra opção promissora são as terapias regenerativas, que utilizam fatores de crescimento e células-tronco para estimular a recuperação dos tecidos articulares. “Esses métodos buscam restaurar a cartilagem e minimizar o processo inflamatório, proporcionando alívio das dores a longo prazo”, detalha Sales.

Já a mesoterapia – técnica que envolve microinjeções de medicamentos e vitaminas diretamente na região afetada – tem sido usada como um recurso para tratar dores musculoesqueléticas. “A aplicação local permite uma ação mais rápida e eficaz, sem os efeitos colaterais sistêmicos dos anti-inflamatórios convencionais”, pontua o especialista.

Suplementação e vitaminas essenciais

Em muitos casos, a alimentação sozinha pode não ser suficiente para suprir as necessidades diárias de alguns nutrientes fundamentais para a saúde óssea e articular. Entre as principais suplementações recomendadas estão:

  • Cálcio – Essencial para a formação e manutenção dos ossos. A necessidade diária varia entre 1.000 mg e 1.200 mg, principalmente após a menopausa.
  • Vitamina D – Importante para a absorção do cálcio. Como sua principal fonte é a exposição solar, muitas pessoas precisam de suplementação, especialmente em períodos com pouca luz solar.
  • Magnésio – Atua na fixação do cálcio nos ossos e melhora a contração muscular, prevenindo câimbras e fraqueza.
  • Colágeno tipo II – Auxilia na regeneração das cartilagens e na redução das dores articulares.
  • Ômega-3 – Tem ação anti-inflamatória, contribuindo para a saúde das articulações.

O acompanhamento médico regular é essencial para que mulheres possam manter a saúde óssea em dia. Além da realização de exames de densitometria óssea, mudanças no estilo de vida, como alimentação equilibrada, suplementação adequada e atividades físicas direcionadas, fazem parte do conjunto de estratégias que podem retardar a perda óssea e prevenir dores articulares.

“A osteoporose e os desgastes articulares não devem ser encarados como condições inevitáveis do envelhecimento. Com a abordagem correta, incluindo alimentação adequada, suplementação e exercícios físicos direcionados, é possível manter a qualidade de vida, autonomia e mobilidade por muito mais tempo”, finaliza o Dr. Brasil Sales.

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