Sociedade de Cardiologia muda diretriz do diagnóstico de pressão alta


Sociedade Brasileira de Cardiologia publicou orientações sobre procedimentos necessários para estabelecer diagnóstico de hipertensão

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) publicou, nesta sexta-feira (12/4), novas diretrizes para o diagnóstico da hipertensão. A principal recomendação é que os médicos não usem apenas a medição feita no consultório para definir se um paciente é hipertenso, mas avaliem também as medições feitas longe do ambiente hospitalar.

Para algumas pessoas, estar diante de um médico pode ser um momento tenso. A expectativa por resultados de exames é um fator de estresse, que pode causar alterações no ritmo cardíaco e na pressão arterial dentro do consultório. Esta situação, conhecida como hipertensão do avental branco (HAB), pode levar a diagnósticos errados e uso desnecessário de medicações.

O documento publicado nesta sexta aponta que o diagnóstico final deve se basear também no exame de monitorização ambulatorial da pressão arterial (Mapa) ou na monitorização residencial da pressão arterial (MRPA).

“Estamos destacando a importância de medir a pressão fora do consultório, quer seja pelo Mapa ou por MRPA. Estudos mostram que a melhor medida não é a feita em consultório, pelo médico, porque ela pode levar à reação de alarme do paciente, resultando em um diagnóstico de hipertensão irreal”, afirma o médico Audes Feitosa, coordenador da diretriz e membro do Departamento de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

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