Soneca pode retardar envelhecimento do cérebro em 7 anos, diz estudo


Pessoas com predisposição à soneca possuem cérebro maior. Cochilo pode prevenir declínio cognitivo causado por envelhecimento

O hábito de tirar uma soneca durante o dia faz bem à saúde cognitiva pois pode retardar o envelhecimento do cérebro em cerca de sete anos, sugere pesquisa realizada pela University College London (UCL), na Inglaterra, e pela Universidade da República, no Uruguai.

A redução do volume do cérebro é comum durante o envelhecimento – estima-se que o órgão encolha cerca de 0,2 a 0,5% ao ano a partir dos 35 anos de idade. Este processo se deve à diminuição no número de neurônios e de conexões entre eles.

O encolhimento do cérebro já foi associado à recorrência de episódios de lapsos de memória, ao comprometimento cognitivo e à demência. Segundo o estudo publicado na revista Sleep Health, nessa segunda-feira (19/6), as sonecas poder retardar esses prejuízos.

Predisposição para cochilos

Os cientistas analisaram os fragmentos de DNA de 378.932 pessoas com idades entre 40 e 69 anos, cadastradas no banco de dados UK Biobank. Eles buscavam evidências que pudessem mostrar a predisposição genética ao longo da vida das pessoas para tirar cochilos regulares e entender se havia alguma relação causal entre a soneca e a saúde do cérebro.

Apenas perguntar se os participantes tinham o hábito de tirar cochilos não seria suficiente para a análise, uma vez que o sono pode ser provocado por medicamentos para tratar outras condições como pressão alta ou doenças cardiovasculares, por exemplo.

“Nossas descobertas sugerem que, para algumas pessoas, cochilos curtos durante o dia podem ser uma parte do quebra-cabeça para ajudar a preservar a saúde do cérebro à medida que envelhecemos”, disse a principal autora da pesquisa, Victoria Garfield, da Unidade MRC para Saúde e Envelhecimento ao Longo da Vida na UCL, em um comunicado.

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