Tocar instrumento na infância oferece benefícios para a memória aos 70


Estudo mostra que saber ler partituras e dominar os movimentos para tocar instrumentos ajuda a preservar a acuidade mental na velhice

Pesquisadores da Universidade Napier de Edimburgo, na Escócia, descobriram que tocar um instrumento musical na infância pode ajudar a preservar a sagacidade mental na velhice, com ganhos para a memória, foco, compreensão e concentração depois dos 70 anos.
De acordo com o artigo publicado na revista Psychology and Aging, aprender a ler partituras e dominar os movimentos para executar as músicas contribuem para melhorar as habilidades cognitivas no futuro.

Benefícios de tocar um instrumento musical

O estudo avaliou as habilidades cognitivas de 420 idosos em intervalos de três anos, quando eles tinham idades entre 70 e 82 anos. Os participantes foram divididos em grupos de pessoas com maior experiência musical; menos experiência; ou que nunca tocaram um instrumento.

Cerca de 40% deles tocavam algum instrumento quando eram mais jovens. A maioria se dedicava a aulas de piano na infância ou adolescência e 39 pessoas ainda tocavam aos 82 anos.

Os resultados mostraram que todos os grupos apresentavam um nível semelhante de declínio cerebral, mas os participantes com maior experiência em tocar um instrumento consistentemente tiveram resultados melhores nos testes de velocidade e raciocínio e nos que combinavam habilidades visuais e espaciais.

De acordo com os pesquisadores, embora o ato de tocar um instrumento não pareça reduzir o declínio cognitivo, ele pode contribuir com o fornecimento de impulsos cerebrais ao longo da vida.

Para avaliar os resultados, os cientistas ainda levaram em consideração outros fatores conhecidos por beneficiar a saúde do cérebro, como histórico de educação escolar e prática de atividade física, e fatores de risco como tabagismo.

“Vemos esses resultados como um ponto de partida empolgante para uma investigação mais aprofundada sobre como a experiência musical ao longo da vida pode contribuir para um envelhecimento saudável”, afirma a principal autora da pesquisa, Judith Okely.

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