A entidade afirmou que as autoridades de saúde devem se manter alertas quanto ao número crescente de casos da variante descoberta na Índia
As vacinas contra Covid-19 que estão em uso atualmente na luta contra a pandemia na Europa parecem capazes de proteger contra todas as variantes que estão circulando e causando preocupação, disse o diretor regional para Europa da Organização Mundial da Saúde (OMS), Hans Kluge, nesta quinta-feira (20).
Kluge disse que as autoridades de saúde devem continuar atentas ao número crescente de casos de Covid-19 na região causados por uma variante que surgiu na Índia, mas enfatizou que a vacinação e medidas de controle de infecções ajudarão a impedir sua disseminação.
“Todas as variantes do vírus da Covid-19 que emergiram até agora de fato reagem às vacinas disponíveis aprovadas”, disse Kluge em entrevista coletiva. Países de toda a Europa estão distribuindo vacinas de vários laboratórios, como Pfizer, Moderna, AstraZeneca e Johnson & Johnson.
“Ainda estamos aprendendo sobre a nova variante, mas ela consegue se disseminar rapidamente”, explicou ele, acrescentando que a novacepa pode, em tese, se propagar rápido o suficiente para substituir outra variante conhecida como B.1.1.7, que surgiu primeiramente no Reino Unido no final do ano passado e, desde então, se tornou a versão dominante do vírus na Europa.
Kluge disse que o escritório regional da OMS está “cautelosamente esperançoso” de ver um declínio da epidemia de Covid-19 na região. “Estamos rumando na direção certa, mas precisamos ficar de olho”, disse. “Em vários países, há bolsões de transmissão crescente que poderiam se transformar rapidamente em ressurgimentos perigosos. A pandemia ainda não acabou”.
As vacinas contra a Covid-19 garantem proteção porque previnem a doença, especialmente nas formas graves, reduzindo as chances de morte e internações.
Embora não impeçam o contágio e nem a transmissão do vírus, a vacinação é essencial, já que induz o sistema de defesa do corpo a produzir imunidade contra o coronavírus pela ação de anticorpos específicos, segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).