Parque das Dunas proíbe entrada de alimentos para proteger animais da Covid-19


Segundo a equipe que trabalha no lugar, a falta de consciência de alguns visitantes faz com que seja necessário proibir o consumo de alimentos no local, para que resíduos não sejam vetores de transmissão da Covid-19 aos animais

Em meio à pandemia da Covid-19 e o novo aumento do número de casos, a melhor opção para quem deseja fazer uma atividade fora de casa é frequentar lugares abertos, espaçosos e bem ventilados.

Para quem mora em Natal, uma alternativa é o Parque das Dunas, que retomou as atividades em setembro do ano passado. Atualmente funcionando com capacidade reduzida e seguindo os protocolos de biossegurança, como uso de máscara, distanciamento entre pessoas e restrição de alimentação no local, o Parque das Dunas recebe visitantes que desejam fazer caminhadas, exercício físico ou mesmo observar a fauna e flora de forma segura.

A visitante Maria José, de 53 anos, levou a sobrinha que veio de São Paulo, Sandra Aparecida, para conhecer o lugar. “Sempre que dá, a gente dá uma passadinha aqui, é muito boa a natureza”, disse Maria.

Sandra, que estava visitando o Parque pela primeira vez, ficou encantada com a conservação e o cuidado do lugar. “Eu estou achando muito bonito, bem conservado, bem arrumado. É interessante que a gente também tenha essa consciência de preservar aquilo que é nosso, tem que cuidar como se fosse nossa casa. Então eu gostei porque aqui está bem limpinho, organizado, não tem muita gente, é uma boa opção de lazer para a família, mas tudo com os protocolos que a gente tem que seguir no momento”, contou a turista.

Apesar de ser um lugar mais seguro para as pessoas do que restaurantes ou outros ambientes fechados, no Parque das Dunas a restrição alimentar é necessária para a segurança dos animais.

Daniel Costa é biólogo do Parque e explica que é necessário proibir a alimentação porque muitas pessoas não cuidam dos resíduos dos alimentos, e que eles podem se tornar um vetor de transmissão da Covid-19 para os animais.

“Nós estamos hoje acompanhando como esse vírus se comporta no humano, mas em uma espécie nativa, nós não sabemos. Pode chegar até a dizimar uma espécie. A proibição é justamente por essa questão de não deixar esse alimento disponível para os animais, principalmente os saguis, para que esse vírus não chegue na nossa fauna. Enfrentamos a questão das pessoas não serem sensíveis ao meio ambiente, à educação ambiental, porque nós poderíamos permitir a alimentação, caso as pessoas tivessem o comportamento de levar para o lixo o resíduo que for gerado”, explicou o biólogo.

Daniel explica que mesmo apesar das diversas placas informativas que existem no local sobre os perigos de alimentar os animais, muitas pessoas não respeitam as regras, e se faltar alimento na mata, os animais vão à área do bosque para procurar por comida, e dessa forma podem acabar se contaminando.

Seguindo todos os protocolos, é possível aproveitar da melhor forma as atividades no Parque das Dunas. As trilhas pela mata continuam, mas com grupos menores de pessoas, de acordo com a equipe. “É uma boa opção por ser um espaço aberto, um espaço que a gente tenta manter saudável ao máximo. Claro, sempre respeitando o distanciamento, o uso de máscara, porque já tivemos episódios também das pessoas que não quiseram usar a máscara porque estava em ambiente aberto, mas aí nós temos uma fiscalização intensa, então sempre a gente tá na área do bosque, orientando”, explicou.

O Parque das Dunas funciona nos sábados, domingos, terças e quartas, das 7h30 às 17h.

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