Nutricionista escolar orienta sobre importância da alimentação saudável na primeira infância


Segundo a profissional, inserir o filho no processo de elaboração do cardápio semanal e no processo de preparo das comidas, pode facilitar a ingestão de alimentos naturais.

A frase “você é aquilo o que você come” cai como uma luva quando o assunto é importância da alimentação saudável. Na infância, a afirmação é baseada em constatações científicas e propagadas por especialistas que atestam que uma alimentação balanceada e equilibrada favorece o crescimento físico e intelectual das crianças, as protegendo de doenças e contribuindo para a formação do corpo como um todo.

Nessa perspectiva, tem se falado cada vez mais sobre a importância de adotar e incentivar hábitos alimentares saudáveis no contexto familiar. Nutricionista da Educação Infantil do Colégio Nossa Senhora das Neves, em Natal, Aline Santos destaca que o que a criança come durante sua infância vai dizer como ela será em sua fase adulta. “Um adulto que come bem ou que tem restrições alimentares? Saudável ou com predisposição a ter doenças crônicas degenerativas como hipertensão, diabetes, até mesmo obesidade? Como ela se alimenta não influencia só no agora, mas no futuro também”, frisa.

Para que tenha saúde e uma maior qualidade de vida ainda na primeira infância e nas outras fases da vida, os pais precisam estar atentos ao paladar dos pequenos. Nos primeiros anos, as crianças passam pelo processo de seletividade alimentar, momento de desinteresse por alguns alimentos, o que aumenta as chances de gostar de produtos saborosos, mas menos nutritivos, como é o caso dos industrializados. “É importante que se tenha constância na alimentação saudável, porque o alto consumo de gorduras, açúcares e sódio viciam o paladar. Isso faz com que a criança tenha uma seletividade, que ela queira mais e mais esses alimentos”, explica Aline.

Substâncias nocivas ao corpo e presentes em alguns alimentos são muito comuns para a hora do lanche. Seja na escola ou em casa, o momento é um dos mais aguardados pelas crianças. Essa refeição faz parte da rotina delas e serve para dar energia entre o intervalo de atividades. Por essa razão, as lancheiras da criançada também precisam ser compostas de alimentos mais naturais. “Daí a importância de observar melhor os rótulos e as embalagens, procurando e avaliando a quantidade de açúcares, sal, gordura, corante e conservantes. Vale ressaltar que a criança não tem o poder de compra, e sim os pais ou responsáveis “, lembra.

Planejamento, organização, responsabilidade, criatividade, carinho e amor são ingredientes indispensáveis no momento de preparar o lanche das crianças. Ainda segundo a nutricionista Aline Santos, uma das estratégias para facilitar a ingestão de alimentos saudáveis é inserir o filho no processo de elaboração do cardápio semanal e no processo de preparo das comidas. “Se os pais se planejam e são organizados, fazem o lanche do filho com mais responsabilidade. Se enviam os mesmos alimentos todos os dias, da mesma forma e com o mesmo corte, a criança vai enjoar. Por isso, é importante ser criativo. E por último, cozinhar para o filho e preparar sua lancheira é um ato de carinho e amor. O exemplo conta muito nesta etapa”, afirma.

Para ajudar as famílias neste processo, Aline separou algumas dicas que podem ser adotadas no momento de preparação das lancheiras dos filhos.

Frutas:
Dê preferência para as que podem ser comidas com casca ou que a casca pode ser retirada facilmente.

Proteínas:
Queijos, carnes, ovos ou iogurtes.

Carboidratos:
Tapioca, batata doce, cuscuz, pães integrais, biscoito sem recheio ou bolos caseiros. Eles são importantes para dar energia, mas não precisa exagerar na quantidade.

Líquidos:
Água, sucos naturais, chás ou água de coco.

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