Mitos e verdades sobre o câncer de bexiga


De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, entre 2020 a 2022, estima-se que no Brasil sejam diagnosticados 10.640 novos casos de câncer de bexiga, correspondendo a um risco de 7,23 casos novos a cada 100 mil homens, e de 2,80 para cada 100 mil mulheres.

Apesar de ser pouco falado, o câncer de bexiga é extremamente letal e deve ser diagnosticado e tratado precocemente, contudo por esse mesmo fato, acabam surgindo muitos mitos em torno dessa doença. Pensando nisso, o Dr. Marcos Dall’Oglio, urologista, resolveu desmistificar algumas informações:

1. Esse tipo de tumor é raro.

Mito. O câncer de bexiga é um dos mais frequentes, ocupando atualmente o quarto lugar nos homens, e o oitavo nas mulheres. Entre os urologistas, esse é o segundo mais tratado, ficando atrás apenas do adenocarcinoma da próstata.

2. O tabagismo é um dos fatores de risco.

Verdade. Segundo o dr. Marcos Dall’Oglio, um tabagista tem de duas a quatro vezes mais chance de desenvolver câncer de bexiga, resumindo, em 70% dos casos da doença, o paciente é fumante.

3. A genética familiar está muito relacionada a esse tipo de câncer.

Mito. Apesar de ser levado em consideração, o câncer de bexiga parece estar mais relacionado com fatores exógenos, causado por agentes externos.

4. Nos casos mais avançados é necessário a retirada da bexiga.

Verdade. Geralmente, o tratamento se baseia na ressecção completa das lesões, por via endoscópica, contudo,  se o câncer estiver invadindo a camada muscular da bexiga, pode ser necessário a retirada de todo o orgão.

5. Quando é feita a retirada da bexiga, é possível reconstruí-la?

Verdade. É possível reconstruir uma nova bexiga e a pessoa continuar urinando como sempre fez.

“É importante estar atento aos sinais, sangue na urina junto com dor, sintomas irritativos, como a urgência miccional, infecções constantes, dores na lombar, inchaço nas coxas, pernas e pé, e até emagrecimento. Se presenciar algum deles, procure um médico para que seja feito o diagnóstico correto. A escolha do profissional adequado é importante, pois os sintomas podem ser facilmente confundidos com outras doenças”, finaliza o médico.

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