Volta às aulas demanda alta testagem e rastreamento de contatos, diz estudo


Pesquisadores da University College de Londres, na Inglaterra, concluíram que a segurança contra o novo coronavírus na volta às aulas depende da realização de testes e do rastreamento de contatos, de acordo com artigo publicado ontem pela revista científica The Lancet Child & Adolescent Health. Os cientistas traçaram vários cenários para a retomada das atividades escolares, que podem ajudar a orientar os processos de reabertura não só no Reino Unido como em outros lugares do mundo.

“Para evitar uma segunda onda de covid-19, o relaxamento do distanciamento físico, incluindo a reabertura de escolas, no Reino Unido deve ser acompanhado de testes em larga escala em toda a população de indivíduos sintomáticos e rastreamento eficaz de seus contatos, seguido pelo isolamento dos indivíduos diagnosticados com o novo coronavírus”, diz o artigo, assinado pela equipe da epidemiologista Jasmina Panovska-Griffiths. No Reino Unido, os estudantes devem voltar às escolas presencialmente a partir de setembro. Os pesquisadores usaram um modelo com base na evolução britânica da pandemia para prever o impacto da covid-19 em duas estratégias de reabertura.

“O modelo descreve as redes de contatos de indivíduos estratificadas em camadas domésticas, escolares, locais de trabalho e comunidade, e usa dados demográficos e epidemiológicos do Reino Unido”, explica o artigo. A simulação considerou seis cenários diferentes, representando a combinação de duas estratégias de reabertura nas escolas — período integral e meio período, com 50% dos alunos frequentando a escola em semanas alternadas) — e três cenários de teste.

Nova onda poderia ocorrer sem aumento de testes Uma nova onda de infecções poderia ser evitada, afirmam os pesquisadores, com níveis aumentados de testes. “Entre 59% e 87% das pessoas sintomáticas testadas em algum momento durante uma infecção ativa pelo novo coronavírus, dependendo do cenário, e rastreamento e isolamento de contatos eficazes” poderiam ser determinantes para que uma “recuperação epidêmica” fosse evitada, avaliam os pesquisadores.

UOL

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